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terça-feira, 7 de maio de 2013

Voltei

Hoje cheguei aqui sem segundas intenções e resolvi ficar, lembrei de como era bom escrever desse jeito sensorial, quase cinematográfico. Tenho 21 anos e tanta coisa mudou na minha vida, fico impressionada com esse jeito do tempo de transformar as coisas, de trazer o aprendizado e o amadurecimento. E agora, quem sou eu? Diante dessa pergunta só me vem na cabeça a imagem do sol cintilando junto com as águas de um rio transparente - infinito - e, ao seu lado, um menino brincando com um pipa multicolorida - também infinita- e do vento, do som do vento. Descobri que um pedacinho de mim é uma lembrança doce e distante de uma coisa que nunca vivi e tudo me traz uma saudade que me alegra e me entristece... Que bom que voltei aqui.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Me lembro de que, muito pequenina, fui ao cinema no Baiano de Tênis assistir "Diários de Motocicleta" e lá, na parte que as pessoas sentavam pra conversar e tomar café, tinha escrito em alguma parte da parede vemelha: "É mais fácil quando se ama". Essa frase nunca saiu da minha cabeça. Em diversos momentos ela vinha e passeava por mim, mas hoje vindo pra casa, ouvindo uma música em especial, acho que consegui, em parte, compreendê-la.
Acho que hoje não consigo entender nada sem amar. Não consigo me imaginar enfrentando as minhas fraquezas sem o amor que tenho pelo fato de estar aqui, de ser eu, com a possibilidade de poder aprender e crescer, crescer, crescer... Tudo é permeado pelo amor, meu deus! Tudo

terça-feira, 24 de agosto de 2010

- Olha, Isinha, olha! Valentina nasceu!
Olhou aquele olhar, aquele olhar das duas.
- Então é assim que acontece? - pensou - É assim que é amor, amor de mãe?
E então Isadora chorou pela primeira vez

domingo, 15 de agosto de 2010

Para não esquecer

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"Hoje é um dia diferente." - ela pensou - "Hoje é um dia diferente de todos os dias da minha vida."
Abriu os olhos devagar, teimando com os segundos, pensando em se preparar para o que viria em seguida. Espreguiçou-se, tocou os pés no chão contagiados pelo frio da manhã, caminhou em direção a janela, encostou-se no parapeito e sentiu. A cortina branca balançava freneticamente no ritmo imposto pelo vento e o seu pensamento pairava sobre si mesma.
"É isso. É por isso que esse amanhecer é diferente". Era a sua força e ela percebeu isso. Percebeu o infinito que estava dentro dela. Percebeu que ela não era só ela mesma, mas todas as coisas que a pertenceram. Recordou. Sentiu o que ela julgou que tinha esquecido (mas não tinha).
"Sou todas as coisas. Sou todas as vidas e não-vidas. Sou o caminho que não tem fim. Sou o vento que envolve o meu rosto, sou o pano que dança roçando-se no vidro, sou as crianças que saem para brincar logo cedo, sou o casal em seguida que atravessa a rua, sou a chuva que abraçou a terra ontem à noite, sou o homem solitário e o seu cigarro."
Olhou para o lado e observou o seu querido embalado no sono. Deitou-se ao lado dele, envolveu-o, beijo-o e então ele despertou atordoado.
"Alguma coisa aconteceu?" - disse ele
"Aconteceu" - disse serena - "Eu te Amo e amanheceu em mim."

terça-feira, 23 de março de 2010


A madrugada perto
da noite escurecendo
ao lado do entardecer
a tarde inteira
logo após o almoço
O meio-dia acontecendo em pleno sol
seguido da manhã que correu
desde muito cedo
e que só viram
os que levantaram para trabalhar
no alvorecer que foi surgindo.



Marisa Monte

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010